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    Sumário

    A LINGUAGEM DOS EMOJI E A REINVENÇÃO DO ALFABETO[1]

    Lilian Cristina Monteiro França (Doutora / UFS / liliancmfranca@uol.com.br[2]

    Resumo: A linguagem da internet incorpora aos tradicionais códigos de escrita um novo conjunto de símbolos (em especial os denominados emoji) produzindo, em certa medida, uma reinvenção do alfabeto.

    Palavras-Chave: Emoji; Linguagem; Internet; Remediação; Alfabeto.

     

    1 Introdução

    Em 2015, a “palavra do ano”, tradicionalmente escolhida pelos dicionários Oxford, não foi uma palavra, mas um pictograma (Figura 1).

    Figura 1 – Pictograma “Chorando de rir”/ Fonte: Diário de Notícias (2015)

    Conhecido como “chorando de rir” ou “lágrimas de alegria” (em inglês "Face with Tears of Joy"), o pictograma reflete, segundo os dicionários Oxford, o que mais representa o espírito cultural do ano: “Em 2015, o "rosto com lágrimas de alegria" representou 20% de todos os emojis usados no Reino Unido e 17% nos Estados Unidos” (DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 2015).

    O universo dos pictogramas, conhecidos como Emoticons, Smileys e Emojis, vem ganhando espaço nas formas de comunicação através de dispositivos móveis, abrindo espaço para novas configurações da linguagem.

    De acordo com Finnemann (1999) vivemos num momento de coexistência da "galáxia de Gutenberg" (caracterizada pelo texto impresso) e da "galáxia de Turing" (baseada na microeletrônica e no hipertexto não sequencial).

    O autor discute a existência de um "alfabeto dos alfabetos", originado pela potencialidade do código binário (composto de “zeros e uns”), que funciona como um gerador de símbolos (Figura 2).

    Figura 2 – Representação do Código Binário / Fonte: Slideshare

     

    A partir do código binário desenvolveu-se o Unicode, que especifica a representação de texto em todos os produtos e softwares (UNICODE, 2014), permitindo a padronização de uma série de elementos gráfico/visuais (Figura 3).

     

    Figura 3 – Tabela de Codificação Unicode / Fonte: Unicode (2014).

    A escrita na era da digitalização vem sendo objeto de estudos que procuram compreender as mudanças no uso do texto em ambientes digitais. Tuman (1992), ao estudar a relação entre computadores e os processos de escrita, destacava que o uso de computadores estava modificando o processo de alfabetização e alterando o modo como lemos, escrevemos e pensamos, dando origem ao que o autor chama de "uma nova paisagem cultural", e, ainda, adverte:

    Alguns grupos já estão transferindo sua lealdade da página impressa para a tela do computador. Eles pensam no computador como meio primário e na impressão como um meio secundário ou especializado. Se a nossa cultura como um todo seguir a sua liderança, o texto poderá vir a ser associado às qualidades do computador (flexibilidade, interatividade, velocidade de distribuição), ao invés das qualidades da impressão (estabilidade e autoridade). (BOLTER, 2001, p.3) (tradução própria)[4].

    De toda forma, o crescimento do uso de pictogramas é inegável.

     

    2 Emoticons, Smileys e emojis

    As letras do alfabeto latino, para além da escrita segmental, historicamente têm sido utilizadas com base na plasticidade e no seu caráter gráfico/visual, incorporando-se a obras de arte e às composições arquitetônicas (Figuras 4 e 5).

    Figura 4 – Presença de letras em obras de arte: “Bottle, glass, violin”, Pablo Picasso, 1912; “Villa R”, Paul Klee, 1919; Grafite de Jean-Michel Baquiat, década de 1980. / Fonte: Wikiart e SubsoloArt

    Figura 5 – Representação da palavra “Símbolo” a partir de detalhes arquitetônicos / Fonte: Próprio autor,alphabetphotography)

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    O “alfabeto da internet” inclui Emoticons, Smileys e Emojis. Os Emoticons (resultado da junção das palavras emotion+icons) funcionam como unidades mínimas de significação, construindo um texto capaz de atravessar, em certa medida, as barreiras impostas pelo domínio de diferentes idiomas, possibilitando, dessa forma, uma comunicação de ordem global (Figura 6). Estudos realizados por Tchokni, Seaghdha e Quercia (2014) indicam que o uso de Emoticons está diretamente relacionado ao poder do usuário nas redes sociais. Os autores criaram, inclusive, um Emoticon Sentiment Dictionary, baseado no Wasden’s Internet Lingo Dictionary (WASDEN 2010). Wasden (2010) afirma e indica as razões que o levam a acreditar que uma nova linguagem surgiu.

    Figura 6 - Dicionário de Emoticons / Fonte: Textmeanings

    Os Smileys, conhecidos também como “Face com um sorriso” (Smiley Face), datam do início do século XX, quando, em 1900, o poeta dinamarquês Johannes V. Jansen, conhecido por suas experimentações com a linguagem, incluiu em uma carta a seu editor o desenho de duas faces, uma alegre e outra triste (Wikipédia). Ingmar Bergman, em seu filme Hamnstad, 1948, incluiu uma cena na qual a personagem Berit, desenha uma face triste no espelho (Figura 7).

    Figura 7 – Berit desenha uma face triste no espelho, em Hamnstad de Ingmar Bergman, 1948/ Fonte: Ingmarbergman.se.

    Uma versão inicial da Smiley Face teria aparecido numa mensagem postada por Scott Fahlman, da Carnigie Mellon University, em setembro de 1982 (Figura 8). Uma campanha da rádio estadunidense WMCA , de 1962, apresentou as primeiras representações da famosa face (Figura 8). De acordo com Stamp (2013) o criador da Smiley Face foi o artista gráfico estadunidense Harvey Ross Ball, que teria desenvolvido a marca para uma campanha da State Mutual Life Assurance Company em 1963 (Figura 8). Em 2001, em homenagem a memória do artista, foi criada a World Smiley Foundation , (Figura 8) organização sem fins lucrativos que desenvolve atividades beneficentes e se encarrega da comemoração do Worlds Smileys Day, toda primeira sexta feira de outubro. A imagem disseminou-se e foi incorporada à mensagens e frases que circulam pela internet, sendo adicionada a teclados de smartphones e tablets.

    Figura 8 – Versões do Smiley Face / Fonte: Carnigie Mellon University, Wikipédia, Smitsonian, WSF

    Do mesmo modo, os emojis, criados por Shigetaka Kurita, em 1999, para uso nos celulares, passaram a integrar o “alfabeto”. O crescimento da demanda fez com que fossem desenvolvidos teclados especiais contendo os emoji, como mostra a Figura 9:

    Figura 9 – Teclado emoji para smartphones e tablets / Fonte: ABC de Sevilla

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    O verbete "emoji" (termo derivado do japonês e-imagem+ moji-letra ou de e+mo (escrita)+ ji (personagem) foi incluído no dicionário Oxford em agosto de 2013, juntamente com uma série de outros termos ligados ao universo da comunicação digital. A definição do dicionário para emoji é: "uma pequena imagem digital ou ícone usado para expressar uma ideia ou emoção na comunicação eletrônica" (OXFORD DICTIONARIES, 2013) (tradução própria)[5].

    Os Emoji dividem-se em: pictogramas que representam rostos, edifícios, animais, plantas, objetos, e, ícones, que representam emoções, sentimentos ou atividades e não ficam restritos ao universo dos emoticons, ou seja, não têm por objetivo representar apenas as emoções, mas todo o universo que nos rodeia.

    Um estudo desenvolvido pela empresa Swiftkey, o Swiftkey Emoji Report, 2015, analisou mais de um bilhão de emojis utilizados por falantes de 16 línguas diferentes, indicando que variações das “faces felizes” são as mais utilizadas, como mostra a Figura 10:

    Figura 10 – Emojis mais utilizados por categoria / Fonte: Swiftkey Emoji Report, 2015.

    O estudo indica ainda quais os emojis mais utilizados para representar os sentimentos, colocando em primeiro lugar as “faces felizes” em todos os países pesquisados, com exceção da França, que usa mais os “corações” (Figura 11).

    Figura 11 – Emojis mais utilizados para demonstrar sentimentos/ Fonte: Swiftkey Emoji Report, 2015.

    A presença dos emojis tem crescido, obrigando o Unicode Consortium – entidade responsável pela padronização do Unicode[6] – a rever seus processos de trabalho. Em 2014 o Unicode Consortium enfrentou uma crise relativa à forma de representação de diferentes etnias na internet através da linguagem do emoji, tanto que em novembro/2014, a organização publicou uma nova diretriz que inclui a adição de 37 novos personagens emoji, incluindo um sistema para representar a diversidade racial, além de um conjunto de novas regras sobre como os emoji seriam adicionados ao Unicode padrão, daqui para frente.

    A questão surgiu nas próprias redes sociais a partir de considerações que questionavam a utilização exclusiva de personagens com pele branca, excluindo todas as outras raças e etnias. O UNICODE versão 7.0, passou a incluir uma gama maior de possibilidades, como mostra a Figura 12:

    Figura 12 – Emoji adicionados ao UNICODE versão 7.0 / Fonte: Unicode

    De acordo com Mark Davis, presidente do Unicode Consortium, a popularidade dos emoji surpreendeu a organização: "Nós realmente tivemos que evoluir nosso pensamento por causa de emoji " (FASTCODESIGN, 2014). Em princípio, os critérios para a adição de novos emoji obedecem a duas regras básicas: lacunas lógicas (se existe um emoji para "tigre" e não existe um para "leão", é preciso criar um para "leão") e, onipresença (um determinado emoji torna-se muito popular na internet e, por isso, deve ser adicionado).

    O Unicode Consortium tem recebido uma grande quantidade de solicitações que fogem às suas regras básicas. Campanhas públicas pedindo a inclusão de novos caracteres tornam-se cada vez mais comuns, a exemplo da promovida pela Taco Bell (cadeia norte americana de fast food especializada em comida mexicana), que lançou uma petição pública on-line[7] para que o emoji de um "taco" (comida típica mexicana) fosse também incluído pelo Unicode Consortium, o que aconteceu em 2015 (Figura 13).

     

    Figura 13 – Campanha da Taco Bell para a criação do emoji “Taco” / Fonte: Change.org

    O pano de fundo aqui apresentado tem o objetivo de contextualizar a utilização dos emoji e ampliar a compreensão de como essa nova forma de grafia vem criando “alfabetos paralelos”, que passam a integrar uma parte significativa das comunicações digitais.

     

    2 O emoji e a reinvenção do alfabeto

    A importância dos emoji faz com integrem a rotina de diferentes tipos de pessoas. Vejamos, por exemplo, a matéria do On Politics, datada de 2011: “Hilary Clinton reveal she needed help on emojis” , indicando que os pictogramas integram a agenda de secretários de estado, políticos e de todos os que dependem da comunicação digital. Antecipando as eleições presidências de 2016 nos Estados Unidos, a CNN preparou emojis para todos os candidatos, reiterando a importância do pictograma (Figura 14).

    Figura 14 – Emojis dos possíveis candidatos às eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos segundo a CNN / Fonte: CNN, 2015.

    A preocupação com a tradução do significado dos emojis levou ao surgimento de vários sites especializados, como é o caso da Emojipédia (Figura 15), que apresenta uma série de informações sobre o emoji pesquisado.

     

    Figura 15 – Tela de abertura da Emojipédia / Fonte: Emojipédia.

    Kelly e Watts (2015) ressaltam que a comunicação mediada por computador esbarra na falta de formas de expressão típicas do contato face a face, fato que resulta na adoção dos emojis para conferir precisão ao sentimento externado.

    "Emoji Dick; or The whale" é uma tradução do clássico "Moby Dick" de Herman Mellvile, publicado em 1851, para a linguagem emoji. O livro, com 736 páginas, foi editado e compilado por Fred Benenson, em 2010. Trata-se de um projeto experimental que reuniu algumas tendências do ambiente digital: a captação de recursos através de plataformas digitais (o Kickstarter)[8] e o trabalho colaborativo (Amazon Mechanical Turk)[9].

    Uma força de trabalho da ordem 8 mil pessoas realizou a tradução, durante um período equivalente a sete anos, se feito por uma só pessoa. Um exemplo da tradução pode ser visto na Figura 16.

    Figura 16 – Trecho ampliado – Cap. 1, p. 15 – do livro "Emoji Dick" / Fonte: Benelson ( 2010)

    O que chama a atenção nessa obra, não é tanto a estranheza da tradução, mas o fato de que cada linha do texto foi traduzida ao menos por três pessoas diferentes e submetida a uma votação on-line para que se chegasse à versão mais adequada, indicando haver um conjunto de pessoas capazes de decodificar as ideias centrais do texto.

    A linguagem empregada na tradução reúne elementos das quatro eras culturais. A oralidade está presente na medida em que a escrita se aproxima da fala. Os emojis funcionam como elementos paralinguísticos que integram a conversação.

    Outro livro escrito inteiramente com emojis foi criado pelo chinês Xu Bing: "The book from the ground: From point to point", e publicado em 2014 pela MIT Press (Figura 17).

     

    Figura 17 – "The Book from the ground: From point to point", de Xu Bing / Fonte: Asiasociety

    No âmbito da poesia, cabe mencionar o trabalho de Carina Finn e Stephanie Berger, "The Grey Bird: thirteen emoji poems in translation" (2014), apresentando a versão em inglês e em emoji de uma série de poemas (Figura 18).

     

    Figura 18 – Poema "A kitty devours the grey Bird" extraído do livro "The Grey Bird: thirteen emoji poems in translation" / Fonte: Coconut.

    A renomada revista "The Yale Literary Magazine", publicou um poema de Isabel Ortiz (2014) traduzido para a linguagem dos emoji (Figura 19):

     

    Figura 19 – Poema de Isabel Ortiz (p.45/ Slide 28) / Fonte: Yalelitmag

    Todas as obras apresentadas apontam para uma tendência de estruturação gramatical dos emoji, além de apresentarem versões impressas, o que caracteriza o processo de convivência e coevolução nos termos propostos por Finnemann (1999). Não se trata apenas de uma imagem ou ícone representando uma ideia ou uma emoção, mas de textos narrativos completos, estruturados em torno de uma gramática e uma lógica que se distanciam, em certa medida, das práticas literárias convencionais.

    Cientes da importância dos emoji, Niki Selken e Cara DeFabio fundaram, em 2013, a World Translation Foundation WFT, com o objetivo de promover, explorar e traduzir a palavra escrita para o alfabeto pictórico do emoji (WORLD TRANSLATION FOUNDATION, 2013). Os fundadores argumentam que "As palavras podem ser complicadas e enganosas e, o pior de tudo, mudam de país para país. O alfabeto pictórico do léxico do emoji é onipresente. [...] A WTF visa educar o público na arte de deixar a arte falar para você. A WTF vai transformar a maneira como você se comunica, e pavimentar o caminho para um futuro mais tranquilo. (WORLD TRANSLATION FOUNDATION, 2013) (tradução própria)[10].

  • Selken (2014) argumenta que com os avanços tecnológicos, a comunicação interpessoal passou a ser cada vez mais uma comunicação mediada, despontando como uma linguagem visual emergente que amplifica a capacidade de conexão entre pessoas em diferentes espaços através de formas mais abstratas e reduzidas de comunicação (SELKEN, 2014, pp. 2-3).

    Nesse sentido, cabe citar Recuero (2012), descrevendo o ambiente digital de comunicação:

    A conversação no ambiente do ciberespaço nem sempre ocorre em uma unidade temporal onde há a copresença dos participantes. Com a escrita “oralizada”, as interações possuem memória ou permanência. [..] são capazes de persistir no tempo como registro de trocas. Com isso, um conjunto de trocas conversacionais pode acontecer em um período de tempo alargado e sem a copresença física dos envolvidos. (RECUERO, 2012, p. 264)

    As estratégias de comunicação escrita, portanto, desenvolvem-se no sentido de buscar outras estratégias, para além do caráter simbólico do alfabeto latino, dominante no ocidente, incorporando elementos pictográficos e retomando a iconicidade dos alfabetos ideográficos, o que se constitui na construção de uma outra lógica de produção textual.

     

    3 Considerações Finais

    O Global Language Monitor – GLM – apresentou em dezembro de 2014 a lista das palavras mais utilizadas no idioma inglês durante o ano: este ano, de fato, não se tratou de uma palavra, mas sim de um símbolo, o "emoji heart" ( ). De acordo com o GLM (2014), a figura do emoji "coração", bem como as suas variações, aparece bilhões de vezes por dia no ambiente digital, o que vem levando a muitas modificações no próprio alfabeto:

    O idioma Inglês está passando por uma transformação notável, diferente de qualquer outra em sua história de 1400 anos - seu sistema de escrita, o alfabeto, está ganhando caracteres a uma taxa incrível. Estes caracteres são ideogramas ou pictogramas que são chamados emoji e emoticons ( GLM , 2014) (tradução própria)[11] .

    O fato de um emoji ter sido considerado "a palavra" mais utilizada no idioma inglês em ambientes digitais traduz as mudanças em curso na comunicação escrita mediada, apontando para significativas transformações no próprio alfabeto latino[12].

    Subjacente a este fato, uma nova lógica se desenvolve, alterando a lógica segmental que organiza o alfabeto latino e postulando uma prática diferente de organização das ideias na forma de texto escrito. Aliás, o próprio conceito de escrita se vê ressignificado, ganhando novos contornos e abrindo espaço para um novo paradigma.

    A facilidade de leitura dos textos compostos por emojis deve ser considerada, uma vez que, muitas vezes, esses caracteres são utilizados para resolver problemas de imprecisão, ocasionados pela especificidade da comunicação on-line.

    Também chama a atenção o número de publicações impressas que começam a surgir apresentando versões do texto em emoji ou, ainda, somente em emoji e as inciativas para criar dicionários emoji.

    Outro ponto a ser destacado é a utilização de princípios de trabalho colaborativo para encontrar as melhores definições e empregos de cada emoji, num processo que caracteriza a comunicação bottom-up (de baixo para cima), buscando no uso corrente os significados mais indicados.

    Não é possível saber se essa prática irá perdurar ou se é apenas uma tentativa de propiciar a comunicação mais ampla entre falantes de diferentes idiomas, mas, de toda forma, é interessante verificar como a lógica da produção textual vem sendo modificada pela comunicação em ambientes digitais.

     

    Referências

    BING, Xu. The book from the ground: From point to point. Massachusetts: MIT Press, 2014. 

    BOLTER, Jay. Writing space: The computer, hypertext, and the history of writing.Hillsdale, NJ: L. Erlbaum, 1991.

    DIÁRIO DE NOTÌCIAS. A palavra do ano não é uma palavra, é um emoji. 18 de novembro de 2015. Acessado em: novembro de 2015.

    FINN, Carina e BERGER, Stephanie. The Grey Bird: thirteen emoji poems in translation. Atlanta, GA: Coconut Books, 2014.

    FINNEMANN, Neils Ole. Hypertext and the Representational Capacities of the Binary Alphabet. 1999. Acessado em: dezembro de 2014.

    FASTCODESIGN. How Emoji Is Changing Text As We Know It. 2014. Acessado em: dezembro de 2014.

    GLM - Global Language Monitor. Home Page. 2014. Acesso em: dezembro de 2014.

    JENKINS, Henry. Cultura da Covergência. São Paulo: Aleph, 2009.

    KELLY, Ryan e WATTS, Leon. “Characterising the Inventive Appropriation of Emoji as Relationally Meaningful in Mediated Close Personal Relationships”. In: Experiences of Technology Appropriation: Unanticipated Users, Usage, Circumstances, and Design. Oslo, 20 de setembro de 2015. Acessado em: novembro de 2015.

    OXFORD DICTIONARIES, 2014. Home Page. Acessado em: dezembro de 2014.

    RECUERO, Raquel. A conversação em rede. Porto Alegre: Sulina, 2012.

    SANTAELLA, Lúcia. “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano”. In: Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 22, dezembro 2003.

    SELKEN, Niki. World Translation Foundation. 2014. Acessado em: dezembro de 2014.

    STAMP, Jimmy. “Who Really Invented the Smiley Face?”. In: Smithsonian.com. 13 de março de 2013.

    SWIFTKEY. Swiftkey Emoji Report. Abril de 2015. Disponível em: <>. Acessado em: novembro de 2015.

    TCHOKNI, Simo. SEAGHDHA, Diarmuid O. QUERCIA, Daniele. Emoticons and Phrases: Status Symbols in Social Media. 2014. Association for the Advancement of Artificial Intelligence. Acessado em: novembro de 2015.

    THOMPSON, Edward. P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

    TUMAN, Myron. Word perfect: Literacy in the computer age. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 1992.

    TURING, Alan. "Computing Machinery and Intelligence". In: Mind49: 433-460. 1950. Disponível em: http://cogprints.org/499/1/turing.html. Acessado em: dezembro de 2014.

    UNICODE Consortium. Home Page. 2014. Acessado em: dezembro de 2014.

    WASDEN, Lawrence. Internet Lingo Dictionary. Acessado em: novembro de 2015.

    WILLIAMS, Raymond. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

    WORLD Translation Foundation. Home Page. 2013. Acessado em: dezembro de 2014.

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    [1] Este artigo consiste numa versão multimodal com modificações, do capítulo de livro “A linguagem dos Emoji e as mudanças da logica textual em ambientes digitais” (no prelo).

    [2] Doutora em Comunicação e Semiótica. Pós Doutora em História da Arte. Professora do Mestrado em Letras (PPGL), do Mestrado em Comunicação (PPGCOM) e do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS). E-mail: liliancmfranca@uol.com.br. Bolsista de Pós-Doutorado/CAPES/Procad, junto ao PPGCOM/UFRGS.

    [3] No original: “[…] looking forward from a world of print, we are still able to see the importance of a critical edge in avoiding too ready and too easy an accommodation with what seems to be an increasingly market-driven world. Even the most ardent fans of computer technology must have some misgivings in the face of the onslaught of sensory images, many commercially motivated, about to invade the hitherto abstract, private space of reading and writing” (p. 138).

    [4] No original: "Some groups are already transferring their allegiance from the printed page to the computer screen. They think of the computer as their primary medium, and print as a secondary or specialized one. If our culture as a whole follows their lead, we may come to associate with text the qualities of the computer (flexibility, interactivity, speed of distribution) rather than those of print (stability and authority)" (BOLTER, 2001, p. 3).

    [5] No original: "A small digital image or icon used to express an idea or emotion in electronic communication" (OXFORD DICTIONARIES, 2013).

    [6] Unicode: “é um padrão que permite aos computadores representar e manipular, de forma consistente, texto de qualquer sistema de escrita existente” (UNICODE CONSORTIUM, 2015).

    [7] A petição está disponível em: <https://www.change.org/p/unicode-consortium-the-taco-emoji-needs-to-happen-2>.

    [8] O projeto está disponível em: <https://www.kickstarter.com/projects/fred/emoji-dick>.

    [9] Para compreender o funcionamento do Amazon Mechanical Turk ver: < https://www.mturk.com/mturk/welcome>.

    [10] No original: "World Translation Foundation believes that words often get in the way of expressing how we feel. Words can be cumbersome and misleading, and worst of all, they change from country to country. The pictorial alphabet of the emoji lexicon is ubiquitous; easy to use and understand. In a tradition that dates back to the hieroglyphs of ancient Egypt, WTF aims to educate the public in the art of letting art speak for you. Let WTF transform the way you communicate, and pave the way to a quieter tomorrow" (WORLD TRANSLATION FOUNDATION, 2013).

    [11] No original: “The English Language is now undergoing a remarkable transformation unlike any in its 1400 year history — its system of writing, the Alphabet, is gaining characters at amazing rate. These characters are ideographs or pictographs that are called emoji and emoticons" (GLM, 2014).

    [12] Cabe destacar que a incorporação de novos elementos tem sido feita em diferentes idiomas e alfabetos, mas no âmbito deste estudo as menções se referem ao alfabeto latino.